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Revista In Fox
Passado o fracasso da seleção Brasileira na Copa da França, começa o segundo semestre, com a economia crescendo de forma acelerada.
A economia brasileira vai confirmando as previsões de um crescimento mais acelerado. Não devemos ter uma expansão explosiva em 2006, mas o desempenho será bem superior ao do ano de 2005. O PIB deve ter um avanço de, pelo menos, 3,5%. No ano passado tivemos de nos contentar com pouco mais de 2%.
Um dos grandes eventos do ano já ficou para trás: a Copa do Mundo. Apesar das perdas que trouxe para o comércio (inclusive para o seguimento de vídeo) nos dias em que o país ficou praticamente parado para acompanhar os jogos, e da frustração com a participação da Seleção Brasileira, os efeitos para a economia foram positivos, principalmente para o setor de eletroeletrônicos e os relacionados diretamente à febre verde e amarela. E a torcida não deve transferir a decepção para o dia-a-dia. Brasileiro se recupera rápido. Afinal, 2010 já esta aí!!! E agora vem o principal evento do ano as Eleições. Evento que mexe não apenas com o cenário político, mas também com a atividade econômica.
O governo já tem ampliado muito os gastos para estimular o crescimento da economia e dar novo ânimo à população. Procedimento rotineiro a cada ano de eleições, por mais que os governos neguem. Além disso, uma série de medidas tem garantido melhoria importante no poder de compra dos consumidores: a correção a tabela do imposto de renda, do salário mínimo, das aposentadorias, os reajustes do funcionalismo, que driblaram ate as limitações impostas pela legislação eleitoral, a ampliação de programas sociais. E os gastos das campanhas em geral, dos diversos partidos, também trazem uma boa injeção de recursos na economia, inclusive pela geração de emprego efetivo e, principalmente temporário. Coincidentemente, após um bom período de aperto monetário, estamos em um ano de queda de juros. Outro dado importante para a ampliação do consumo e da atividade, já que permite a redução do custo dos empréstimos e financiamentos. É certo que o Banco Central vem freando os cortes da taxa básica. Mas tem o efeito represado. Qualquer mexida nos juros sempre leva de seis até nove meses para surtir impactos efetivos sobre o nível de atividade. Portanto mesmo com cortes menores ou até sem novos cortes, a redução dos juros acumula desde o ano passado ainda terá reflexos sobre o andamento da economia. Contamos, por outro lado, com a inflação baixa que, sozinha já tem garantido a recuperação do poder de compra da população, alem de também contribuir para o alongamento dos prazos de pagamento e ate para a queda dos juros na ponta final, já que dá maior segurança para o comércio, bancos e financeiras.
Vale lembrar ainda que o segundo semestre, normalmente, já traz uma situação mais confortável para a população. O começo do ano é sempre complicado, pelo acumulo de despesas obrigatórias, como o reajuste de mensalidades escolares, compra de material escolar, pagamento de impostos e de dívidas herdadas do período de Natal. Não é à toa que todo ano é registrado um avanço forte da inadimplência, pelo menos ate maio. É período em que os consumidores mais apertam o cinto. Mas, aos poucos, vão acertando as finanças, recuperam o fôlego, e partem para novos gastos.
O segmento de venda e locação de vídeo ainda terá um estimulo a mais, relacionado as eleições, que é de fato de boa parte da população não gostar das campanhas que invadem a programação do rádio e da TV. Para escapar, muita gente prefere assistir um bom filme. E o vídeo é uma opção bem mais barata e confortável que o cinema. Em vez de filas, de correria por uma vaga no estacionamento, de preço elevado das entradas (mesmo para quem paga meia), o melhor é alugar ou comprar um vídeo..
E o setor ainda deve sentir um outro reflexo positivo da Copa do Mundo. A lembrança dos jogos não é boa, caro. É melhor ate esquecer. Mas a resposta na “melhor” seleção do mundo levou muita gente a investir dinheiro na compra de equipamentos eletrônicos da primeira geração principalmente TVs de plasma, que agora só devem reforçar a satisfação do lazer em casa.
Portanto, este semestre tem tudo para ser muito positivo para o setor de vídeo, tanto de locação como de vendas, já que poderá contar com um mercado consumidor com maior poder aquisitivo, tempo para assistir filmes e equipamentos mais sofisticados.
Denise Campos de Toledo.