Aluguel de até R$600 é o mais procurado no Estado

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A Pesquisa Estadual realizada pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECI-SP) referente ao mês de junho aponta que quem investir em casas e apartamentos que possam ser alugados por até R$600,00 mensais, não vai ficar com o imóvel fechado, gerando despesas com condomínio e IPTU.

Segundo o levantamento realizado com 1.516 imobiliárias de 37 cidades do Estado, incluindo a capital, em muitos municípios, imóveis com valor de aluguel nessa faixa de preço chegam a representar 90% dos aluguéis contratados. Nas quatro regiões em que foram agrupados os municípios, os imóveis de locação mais procurados foram os de valores entre R$200,00 e R$600,00.

Na área que compreende as cidades do ABC, Diadema, Guarulhos e Osasco, esses imóveis representaram 90% do total de novos contratos. No interior, o índice foi de 84,33% e de 76,77% no litoral. Já na capital, essa faixa de valor correspondeu a 64,33% do número de contratos de locação.

"É uma situação que vem se acentuando por causa da concentração de renda, dos empregos de baixa remuneração e que não pode deixar de ser considerada, tanto por quem pretende investir nessa área quanto por quem tem a responsabilidade de planejar e agir para oferecer moradia decente às famílias", argumentou o presidente do CRECI-SP, José Augusto Viana Neto. "A grande concentração do déficit de 6 milhões de moradias é por imóveis populares. E essa falta leva as famílias a alugar imóveis mais modestos e baratos ou morar precariamente de favor, em cortiços e favelas."

No período considerado, o índice de locação estadual teve queda de 4,7% em comparação a maio. O indicador que estava em 2,2099, recuou para 2,1201 em junho. As imobiliárias pesquisadas alugaram 3.214 imóveis. Na Capital, houve queda de 8,77%; no Interior, de 4,38%; no Litoral, de 2,66%. Somente na região do ABCD mais Guarulhos e Osasco, houve aumento de 2,48% no número de locações em relação a maio.

O fiador foi a forma quase absoluta de garantia de locação no Interior, respondendo por 91,97% dos contratos assinados em junho. No Litoral , o fiador apareceu em 72,9% dos contratos; na Capital, em 51,88%; e no ABCD mais Guarulhos e Osasco, em 64,5%.

A inadimplência cresceu nas quatro regiões do Estado em junho - 6,99% na Capital, 8,67% no ABCD mais Guarulhos e Osasco; 7,93% no Interior e 10,86% no Litoral.