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Novo plano diretor do parque prevê a regulamentação de todo o comércio realizado no local
O comércio dentro do Parque do Ibirapuera vai mudar. O novo plano diretor do parque, a ser terminado até o fim deste ano, prevê a regulamentação de todo o comércio realizado no local - uma das áreas públicas mais nobres da cidade, de 1,1 milhão de metros quadrados e que, aos domingos, recebe cerca de 130 mil pessoas.
Segundo Célia Kawai, diretora do Departamento de Parques e Áreas Verdes, já está em andamento uma licitação para a primeira grande mudança: o aluguel de bicicletas.
'Há uma licitação em andamento para criar um 'bicicletário'. Isso vai regulamentar o aluguel de bicicletas na área do parque. Hoje, três pessoas alugam as bicicletas de forma irregular. Temos autorização da Justiça para retirar esses comerciantes e legalizar o serviço' diz Célia.
Atualmente, o aluguel de bicicletas é feito por hora, por pessoas que têm licença apenas da administração do parque para realizar o serviço. Os preços variam de R$ 4, para bicicletas sem marcha, a R$ 15, para a tamanho família, com capacidade para levar seis pessoas. Charretes e bicicletas com garupas também podem ser alugadas. Na sexta-feira (8), o Ibirapuera esteve lotado e a espera por uma bicicleta chegou a 20 minutos no começo da tarde.
O 'bicicletário' deverá render ao parque aluguel da área a ser ocupada e, além disso, o departamento vai regulamentar o número de bicicletas que podem ser oferecidas ao público. Célia garante que a qualidade do serviço também vai melhorar.
'Depois disso, também vamos regulamentar todo o comércio', afirmou, sem dar detalhes dessa parte do projeto.
O comércio no Ibirapuera atualmente é administrado por uma associação e uma cooperativa. Os vendedores são identificados com jaleco, na Associação dos Vendedores Ambulantes (Avapi), e com carrocinhas personalizadas, para os que fazem parte da Cooperativa de Vendedores Ambulantes (Coopvapi). O diretor da Avapi e um dos conselheiros do Parque do Ibirapuera, Carlos França de Santos, disse que os ambulantes ainda não foram informados pela Prefeitura sobre as mudanças.
'Como conselheiro, sei de algumas mudanças no parque, mas nada no que diz respeito aos ambulantes. Eles não informaram nada sobre regularização do comércio aqui', disse.
Santos, que há 15 anos trabalha no Ibirapuera, defende que os atuais ambulantes do parque, caso haja uma mudança, ganhem licença permanente da Prefeitura. Hoje, os ambulantes da associação apenas têm autorização da administração do Ibirapuera para trabalhar.