Locação de imóveis cresce no Estado de SP

O mercado de locação residencial paulista reverteu em junho a sequência de queda que vinha desde março. O crescimento no período foi de 7,03% no número de casas e apartamentos alugados em relação a maio. A mudança de rumo foi constatada em pesquisa feita com 1.150 imobiliárias de 37 cidades pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP).

 

Com esses resultados, a locação residencial vai em sentido oposto ao das vendas, com crescimento acumulado de 45,02% no primeiro semestre deste ano. Já o índice Creci-SP que mede o comportamento geral dos preços dos imóveis usados residenciais, considerando aluguel e venda, mostra resultado positivo de apenas 0,53% nesses seis meses.

 

- É muito menos do que a inflação do período e revela que os proprietários, por mais que desejem, não estão conseguindo repassar ao aluguel e ao preço de seus imóveis nem sequer a correção da inflação - avalia José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP. No primeiro semestre de 2015, a inflação acumulada pelo IPCA do IBGE, que é o índice oficial do Brasil, foi de 6,17%. Essa taxa é a mais alta para o período desde 2003.

 

Esse ajuste forçado de preços no mercado imobiliário é consequência da crise que se instalou na Economia desde o início do ano, mas Viana Neto não crê em um "movimento apocalíptico" de redução nos aluguéis e nos valores dos imóveis nos próximos meses.

 

- Ajuste a um novo patamar de poder aquisitivo da população é algo que se espera quando se vive uma recessão, mas o déficit crônico de moradias que enfrentamos funciona como elemento de sustentação dos valores dos imóveis e dos aluguéis - afirma o presidente do Conselho.

 

Um cenário de recessão duradoura com queda profunda do PIB, inflação em alta e desemprego crescente pode, naturalmente, forçar muitos proprietários a romper com essa regra de que a procura maior do que a oferta sustenta os preços relativos dos imóveis, ainda que estejam perdendo valor ao serem corrigidos em percentuais abaixo da inflação.

 

- Conceder desconto é uma coisa, mas queimar o patrimônio é coisa que nenhum proprietário de imóvel fará, a não ser em casos extremos ditados pela necessidade de sobrevivência pessoal.

 

O número de imóveis alugados em junho em São Paulo foi maior que o de maio em três das quatro regiões que compõem a pesquisa do Creci-SP. Houve aumento de 11,46% no Interior; de 18,82% nas cidades da região do A, B, C, D mais Guarulhos e Osasco; e de 6,69% no Litoral. Na Capital houve queda de 3,38%.

 

A preferência dos inquilinos recaiu novamente sobre as casas, que representaram 57,2% do total de locações contra 42,8% de apartamentos, segundo as imobiliárias consultadas pelo .......

Fonte: Monitor Mercantil
http://www.monitormercantil.com.br/index.php?pagina=Home

Para ler a matéria na íntegra acesse:
http://www.monitormercantil.com.br/index.php?pagina=Noticias&Noticia=173859&Categoria=CONJUNTURA