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São Paulo, 19 de setembro de 2005 Guia Imobiliário
A locação e a venda de imóveis usados tiveram o segundo mês seguido de baixa no Estado de São Paulo. As vendas, em julho, foram 3,41% menores que as de junho, e o número de novos contratos de locação formalizados em julho foi 3,32% inferior aos assinados em junho.
Em junho, as vendas já haviam tido uma queda de 2,2% em relação a maio, e os contratos de locação haviam caído 2,72% na comparação com maio. O comportamento dos dois mercados foi apurado em pesquisa feita pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRE-CI-SP) com 1.229 imobiliárias de 37 cidades.
“ As férias de julho costumam afetar negativamente o desempenho desses dois mercados porque muitas famílias viajam. Além disso, estávamos no meio do inverno, que é sempre um período de maior recolhimento, e ainda não estavam disseminadas as informações sobre mudanças nos financiamentos de bancos privados e da Caixa Econômica Federal, como detectou nossa pesquisa”, avalia o presidente do CRECI-SP, José Augusto Viana Neto.
O segundo semestre deve ser melhor para as vendas e para a locação à medida que se confirmem o quadro de inflação sob controle, emprego em expansão e economia em crescimento, pondera o presidente do CRECI-SP. “Mas continua sendo fundamental que os juros dos financiamentos imobiliários baixem e que os prazos de financiamento aumentem para que os interessados em comprar casa própria tenham condições reais de assumir os empréstimos”, afirma Augusto Viana.
A pesquisa feita pelo CRECI-SP com 1.229 imobiliárias de 37 cidades apurou que o índice de vendas em julho (0,6713) foi 3,41% inferior ao de junho (0,6950). Foram vendidos por essas imobiliárias 825 casas e apartamentos usados no Estado de São Paulo.
A queda nas vendas, em julho, foi geral nas quatro regiões em que é feita a pesquisa. No Interior, a queda foi de 3,99% na comparação com junho; na região formada pelas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco, a redução foi de 3,59%; no Litoral, de 3,17% e na Capital, de 2.01%.
Os imóveis usados mais vendidos foram os situados na faixa de até R$ 100 mil. Eles somaram 62,5% do total negociado em julho na Capital; 95,31% no Interior; 75,29% no Litoral; e 73,05% no ABCD mais Guarulhos e Osasco.
As 1.229 imobiliárias pesquisadas pelo CRE-CI-SP alugaram em julho 2.758 casas e apartamentos, o que fez o índice de locação do Estado de São Paulo baixar de 2,3212 em junho para 2,2441 em julho. Mas esse comportamento não foi uniforme nas quatro regiões em que é feita a pesquisa.
Na Capital e no Interior, houve redução no número de novos contratos – 6,07% e 4,39%, respectivamente. No Litoral, o número de novos contratos em julho superou em 4,17% os assinados em junho; e, no ABCD, Guarulhos e Osasco, o aumento foi de 1,65%.
Nas quatro regiões em que foi feita a pesquisa, a preferência dos inquilinos recaiu sobre imóveis com aluguel mensal de até R$ 600,00 – eles somaram 77,45% das novas locações na Capital; 86,08% no Interior; 80,15% no Litoral; e 85,65% no ABCD, Guarulhos e Osasco.
A boa notícia revelada pela pesquisa CRECI-SP foi a redução da inadimplência dos inquilinos nas quatro regiões pesquisadas. Na comparação de julho com junho, a queda foi de 1,62% na Capital; de 1,79% no Litoral; de 0,80% no Interior; e de 4,57% no ABCD, Guarulhos e Osasco.
Foram pesquisadas as cidades de Americana, Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Diadema, Guarulhos, Franca, Itu, Jundiaí, Marilia, Osasco, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santo André, São Bernardo, São Caetano, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba, Taubaté, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião, Ubatuba, Bertioga, Guarujá, Santos, São Vicente, Itanhaém Monguagá, Peruíbe e Praia Grande.